Caro espectador, o espetáculo começa dentro de momentos.
Esperamos que esteja confortavelmente sentado e que a catarse que se segue seja do seu agrado. No teatro, como na vida, somos potenciais espectadores de histórias por contar. Sentados em cadeiras numeradas observamos o que acontece, aos outros.
Vivemos sequiosos de boas histórias, de ser surpreendidos com tragédias, comédias, com alguém que grite de desejo ou sofrimento o suficiente para nos prender à cadeira. Estamos dispostos a acreditar que ficar sentado, confortável a observar, é o grande privilégio de ser espectador. É o ato teatral em todo seu esplendor!
MÁQUINA DE ENCARNAR é um espetáculo performativo de ato único que explora o paradoxo e a violência das relações entre os seres humanos. É uma MÁQUINA que quer transformar um ato teatral passivo numa manifestação artística de alerta! Uma luta num espaço fechado, desonesta, onde a vítima já está escolhida.
Assumimos esta proposta artística consciente de que o teatro tem de desempenhar um papel ativo na luta contra a violência, seja ela qual for. Que deve acrescentar o seu olhar sensível e a sua voz amplificada a esta luta. Pensamos que é possível através do teatro e da arte, criar novas formas de reflexão, de ação, alt ernativas aos discursos de domínio patriarcal. A arte deve encarnar novas possibilidades de representação de género, que sirva de resistência e empoderamento, que permitam a todas as pessoas construir uma nova história. A sua.
Quatro intérpretes e dois músicos assumem um lado da história. Do outro lado, filas de cadeiras numeradas esperam por espectadores, para um ato teatral que os faça vibrar.
A MÁQUINA DE ENCARNAR está pronta, mas os atos mais profundos de ação e resistência começam quando o espetáculo termina.
Bom espetáculo.
Produção: ASTA; Encenação: Marco Ferreira; Assistente de Encenação: Adriana Pais; Apoio Cénico: Marta Marques; Texto: Coletivo; Interpretação: Edmilson Gomes, Carmo Teixeira, Marina Schneider, Sérgio Novo; Músicos: Renato Gonçalves e Telmo Moura; Composição Musical; Ritmo Estúdio; Desenho de Luz: Marco Ferreira; Operação Técnica: Bruno Esteves; Assistência Técnica: João Cantador; Figurinos: Inês Santos; Design Gráfico: Joana Mundana; Produção Executiva e Comunicação: Rui Pires; Assistente de Produção e Comunicação: Helena Ribeiro
ASTA estrutura financiada por: República Portuguesa, Cultura / Direção Geral das Artes; Espetáculo Inserido no Projeto DEEP ACTS; Classificação: M/16; Duração: 60 minutos
Bilhetes: Normal – 4€; C/ Cartão Municipal – 2 €