O medo nasce connosco, mesmo antes de nascermos. Acompanha-nos a vida toda até, pelo menos, à nossa morte. Está em nós e é tão necessário como o ar que respiramos. E materializa-se em sensações bem concretas: palpitações, suores, cabelos em pé, arrepios, boca seca, nós na garganta, pele de galinha, olhos esbugalhados, vontade de gritar, tremores, tonturas, que nos levam a ter medo do próprio medo.
Ao abordar medos e fobias, “Ai, que susto!” não pode nem pretende ser exaustivo, já que a lista é infindável. Também não é pedagógico ou profilático; isso é função de professores ou, eventualmente, de assistentes sociais.
Pensamos que não será com espetáculos de teatro que se tiram os medos das crianças (e dos adultos). O teatro não se substitui a psicólogos, sociólogos e à própria vida. É um bocadinho de divertimento, de prazer, que procura só isso mesmo: divertir e dar prazer. Não passa, pois de um simples brinquedo. Ou, se preferirem, uma brincadeira pegada.
“Ai, que susto!” tem como grande objetivo fazer com que o seu público sinta, experimente e compreenda o medo como reação natural e saudável, como sentimento comum a todos os seres humanos, como mecanismo emocional que é possível de superar sempre que se comece a revelar limitador e constrangedor da autonomia e vivência humanas.
Autor, Encenação e Cenografia: José Carretas; Figurinos: Margarida Wellenkamp; Interpretação: Bernardo Sarmento, Flora Miranda, Leonor W. Carretas, Paulo Monteiro, Sílvia Morais; Cartaz: João Rodrigues (ilustração); Desenho de luz: Hâmbar de Sousa; Sonoplastia: Hâmbar de Sousa e João Henriques; Carpintaria: Ivo Cunha; Produção: Celina Gonçalves; Fotografia: Ovelha Eléctrica; Vídeo: José Carretas e Hâmbar de Sousa; Assistente de produção: Patrícia Morais; Músicos: João Lóio; Costureira: Andreia Sarmento
Duração aprox.: 60 min Bilhetes: 5 €; C/ Cartão Municipal – 2,5 €
Para maiores de 6 anos